Shana Müller participou da Festa Nacional do Chamamé
Observando a Fiesta Nacional do Chamamé, seguem algumas ideias curtas sobre o evento.
1. O evento dura 10 noites (o ano que vem serão 12) e conta com um público de aproximadamente 15 mil pessoas por noite. São, em média, 15 atraçoes. Cada uma delas contempla artistas ligados ao chamamé, em shows que duram por volta de 15 minutos. Nossos festivais no Rio Grande do Sul são muitos. Todos competitivos e de músicas inéditas. Não está na hora de pensarmos em um evento do gênero nestes moldes?
2. Antonio Tarragó Ros, compositor muito reconhecido na Argentina, segue em plena forma. levantou o público tocando clássicos já muito gravados por aqui como "Canción para Carito" e "Maria Vá".
3. O evento, este ano, diversificou-se. Realizou festa Rave (que nada mais era do que a mistura do chamamé com música eletrônica), reunindo a juventude para dançar. Uma mostra de que a festa perde seus preconceitos para atrair novos públicos.
4. No palco onde estão valorizados os artistas tradicionais, estão também aqueles que oxigenam e renovam. Outra maneira de atrair públicos diferentes que, na mesma noite, assistem a uma programação diversificada. Má idéia? Não, acredito que não!
5. Há um grande respeito pelos artistas precursores.
6. Cada vez mais brasileiros estão incluídos na programação. Temos que dar a contrapartida.
7. Um fórum discutiu a integração recebendo artistas da Argentina, Paraguai e Brasil. Um exemplo para os nossos festivais. Mais do que apenas realizar, é preciso pensar nos rumos a seguir.
8. Um grande sorteio é realizado entre os pagantes. Outra maneira de lotar o evento. Fica a dica para os festivais que não sabem como atrair gente para suas festas.
9. Ramona Galarza segue sendo a Rainha do Paraná e Teresa Parodi, compositora e cantora, também cumpre um papel fundamental no apoio a renovação. Este ano convidou os Fagundes e a compositora e intérprete uruguaia Ana Prada.
Shana Müller escreve sempre às terças-feiras (Foto: Gustavo Vara/Divulgação) 10. A enorme cobertura de mídia. Dezenas de rádios, com rede para todo o interior, sinal televisivo distribuído para todo o país e para outros países e uma constante e intensa cobertura de internet. Como estamos pensando nisso aqui no estado?
11. Cartazes são distribuídos (e isso é um costume em todos os festivais do país vizinho), onde as pessoas se identificam, mandam recados e de alguma maneira sentem-se parte do evento.
12. Corrientes tem uma Orquestra e um Ballet Folclórico que todos os anos estão presentes na programação. Aliás, a dança é uma constante! Não há chamamé sem o baile. Integração das artes e expansão da cultura.
13. O Ballet folclórico Nacional da Argentina também andou por lá apresetnando uma espécie de musical histórico do chamamé. São diversas as maneiras de contar a história, valorizá-la e tornar um evento de música atrativo, não concordam?
14. Fora isso, um evento com uma estrutura de palco, sonorização, iluminaçao que se assemelha ao Planeta Atlântida. A música regional não merece também uma estrutura assim?
15. E o turismo? Extremamente incentivado na cidade e região. A cidade recebe gente do país inteiro, além de visitantes de outras partes do mundo.
Um aprendizado. Ponhamos nós, agentes da cultura no Rio Grande, as cabeças para pensar!
Um beijo e até a semana que vem!
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